Conta uma antiga fábula, que um sábio que peregrinava com seu discípulo de aldeia em aldeia, certa noite pernoitou em casa de um camponês.
A família campesina o recebeu alegremente, e mais ainda quando o discípulo lhes revelou que hospedavam um sábio homem.
A refeição ocorreu em meio á conversa que se estendeu até mais tarde.
Falaram cada um de si. O sábio, de suas peregrinações. Os camponeses, de seu trabalho e de como viviam de maneira extremamente simples. O velho camponês, pai de três filhos, contou que além do que conseguiam com uma agricultura de sobrevivência, em uma terra fraca e esgotada pelo cultivo, era muito importante uma vaquinha que possuíam, pois dela obtinham o leite e faziam algum queijo para venderem. E assim iam vivendo.
No dia seguinte, após um desjejum, o sábio e o discípulo despediram-se da família e seguiram viagem em sua peregrinação.
Depois de andarem cerca de um quilômetro, o sábio que vinha em silêncio perguntou ao discípulo: O que podemos fazer para ajudar estas pessoas que nos hospedaram e nos trataram tão bem? Gostaria de fazer algo para recompensá-los.
Alguns minutos de silêncio e o sábio disse: Já sei. E ordenou ao discípulo que voltasse á aldeia, achasse a vaquinha do camponês e a atirasse em um precipício matando-a. O discípulo quis protestar, perguntando como isto poderia ajudar á aquelas pessoas. Isto iria tão somente prejudica-las. Diante, porém da firmeza do seu mestre, voltou á aldeia e procedeu como havia sido instruído, matando a vaquinha.
Feito isto, voltou e prosseguiram viagem.
Passados cinco anos, regressaram em sua peregrinação á aldeia em questão e novamente buscaram hospedagem na família conhecida.
Tudo estava mudado. A pequena choupana era agora uma casa sólida, bonita e confortável. Espaçosa. Havia um veículo rural na garagem. Também notaram um trator. Todos os da família estavam bem vestidos e com aparência saudável e robusta. A fartura era evidente já a primeira vista.
Foram recebidos novamente com alegria. A refeição com muito alimento á mesa, ocorreu novamente em meio á conversa que se estendeu até mais tarde. O velho camponês então contou que logo após a visita deles, cinco anos atrás, ocorreu de encontrarem a vaquinha que possuiam, morta, após cair em um precipício.
Sem a renda que ela lhes proporcionava, tiveram de buscar alternativas de sobrevivência. Encontram várias outras e entrando por elas foram abençoados. Hoje, disse ele, diante dos outros da aldeia, somos considerados ricos.
O discípulo que a tudo ouvia calado, entendeu então porquê o sábio lhe havia ordenado matar a vaquinha. Aquilo despertou a família de camponeses e os fez sair do seu conformismo em busca de outras maneiras de sobreviverem. Quando fizeram isto, se conscientizaram de quanto podiam fazer para mudarem suas vidas. E as mudaram para melhor.
O que o sábio planejara foi de fechar aquela porta de conformismo e leva-los a visualizarem outras muitas portas a serem abertas.
Esta fábula fez-me lembrar de Deus, o Sábio Supremo que habita naqueles que são seus e conduz as suas vidas.
Quantos que, estando a se relacionarem bem com Deus, veem de uma hora para outra, portas que estavam abertas para eles, se fecharem sem nenhuma explicação. Surpresos e perplexos ficam a se perguntar e a perguntar para Deus porque aquilo esta acontecendo.
Os homens, mesmo os filhos de Deus, tem dificuldade de sair do conformismo, mesmo sendo ele incomodo e muitas vezes penoso.
Demoram a perceber que o Sábio Supremo esta os levando a visualizarem outras muitas portas a serem abertas, maiores e mais prósperas, como um presente para aqueles a quem ama.
Os dias futuros confirmarão a bondade, a providência e a provisão de Deus para aqueles que são seus. O cuidado de Deus com seus filhos.
Confie em Deus, mesmo sem entender a situação.
Pense nisto.
MUITO BOM
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Muito bom! Isso mesmo, confiar somente em Deus. Parabéns Pastor pela linda reflexão.
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